Quinta-Feira Santa Recorda a Prisão de Jesus
Nesta
quinta-feira santa (13) onde, como dito aqui, recorda-se da noite em
que o Senhor foi entregue e deixou para nós o memorial da Sua
Paixão, instituindo a Eucaristia e o ministério sacerdotal do qual
Ele próprio é o primeiro e principal participante, recordamos a
Última Ceia e sua prisão, com a cerimônia de Transladação do
Santíssimo.
A
Santa Missa iniciou-se às 19h e 30min, com a entrada de doze homens,
representando os apóstolos, cada qual de uma das capelas da
paróquia, celebrando a unidade e o convite de Jesus que chega a
todos para participar com Ele de seus mistérios.
A
celebração mistura o canto de glória triste, por ser, ao mesmo
tempo, um momento de partilha e amor entre Jesus e os seus, que
se preparam para viver a Páscoa,
traição e último anúncio da Paixão e negação de Pedro.
Foi
o momento em que Jesus mais amou os seus. E amou até o fim!
Toda
vez em que Eles se uniam era um momento de alegria! Quando sentavam a
mesa, era momento de aprender, partilhar.. e nesta última ceia, onde
Ele se deu, se deixou presente, se fez Pão para permanecer para
sempre e ensinou como agir com o próximo, concluiu, com o gesto de
se abaixar para lavar a parte mais suja do corpo, todo o seu
ensinamento durante sua vida pública.
Os
sinos, então, são trocados pelo barulho das matracas, que
representam os açoites e chicotes com os quais Jesus apanhava. A
alegria, dá espaço à solidão, a agonia, a tristeza, a frieza dos
corações que por inveja, ganância, ciúmes, entregavam Jesus a
pior das mortes. Após
a Santa Missa "in Coena Domini", aconteceu a denudação do altar.
São retiradas as toalhas do altar, bem como os castiçais, simbolizando a denudação de Cristo antes de sua Crucifixão. Àquele que é a Pureza foi despojado de suas vestes, e os impuros O escarneceram em sua pureza. E nosso Senhor, Digno de toda reverência, resistiu às chacotas dos corrompidos.
Logo após, no
escuro e em meio ao som da marcha fúnebre, o Santíssimo Sacramento foi transladado e levado para uma capela à parte, feita no salão paroquial.
Uma vez que não se celebra Missa na Sexta-Feira Santa,
por ser o dia em que o Divino Redentor ofereceu-se na Cruz o Seu único
sacrifício pela redenção da humanidade, sempre houve a necessidade
de guardar as espécies eucarísticas, no fim da Missa de
Quinta-Feira Santa para serem ministradas na Comunhão do dia
seguinte.
O costume de realizar uma
procissão solene, isto é, com velas, incenso e cânticos, para a
transladação do Santíssimo Sacramento, surgiu no século
XI.
Este cerimonial passou a significar o sepultamento de Nosso
Senhor, chegando, em alguns locais a ser colocada na capela do
Monumento uma imagem de Cristo após ter sido retirado da Cruz a fim
de incentivar a piedade dos fiéis.
O
Senhor que pediu a Pedro, Tiago e João para que permanecessem em
vigilância com Ele, voltou de sua agonia no Getsêmani e os encontrou dormindo.
Nós,
seus discípulos atuais, somos convidados hoje a vigiar junto à
Jesus, enquanto Ele está se entregando ao Pai para o maior
sofrimento. Permanecemos então, em vigília até a meia noite.
Meia
noite apagaram-se as velas e os fiés se vão, sendo convidados a levar consigo o silêncio e o pensamento voltado para a Paixão do Cristo. Jesus permaneceu na
escuridão. Preso, sozinho, condenado, traído, iniciando-se assim, seu
caminho de calvário, o caminho da cruz.
Att.
Pastoral da Comunicação.
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